domingo, 25 de maio de 2008

Rasgo palavras não escritas
Nossa vida são apenas
minha alma grita
Às vezes viver não é bom.

De repente, tenho você
E você não compreende minha alma
E passo a ser outro ser
Perco minha calma.

O ser humano se engana
Às vezes se confunde o que se quer
O sagrado nessa vida profana
Meu eu lírico de mulher.

Não quero ser um vegetal nesse mundo a viver
Quero o mundo, meu bem
Mesmo que eu não tenha você
E você que tanto amo
Descubro que amo mais a mim.

E se esse amor não é bom
Prefiro que ele chegue logo ao fim
Termino esses versinhos dizendo:
Foi bom enquanto durou
Mas se você realmente gosta de mim
Vai entender por que eu sou assim.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Calem a noite
Sou forte e me suicidei
Fiz promessas para Padre Ciço
E vejam isso:
Fui uma certa na vida que errei.

Calem as rezas
As promessas dos políticos
Minha mãe me ama
Arruma minha cama todos os dias.

Calem as verdades
Pois elas são mentirosas
Choro todo dia
Me recordarei em minha própria poesia
Que nunca será lida.
Não tinha visto tão sincera dor
Não ganho a perda de mais nada
Porque tenho tudo: família, amigos e sonhos...
Me componho de rimas distantes
(mas elas estão próximas de mim - linguagem)
Sou anjo selvagem na cidade (grande!)
Expande minha alma e volúpias sensações
Prometo e aceito tais promessas da vida
E encontro essas verdades perdidas
Em palavras nunca lidas
E pretexto de qualquer texto prolixo
Nessa alma sub-humana
Sentimentos de lixo
Mas amo. E só por isso, ainda vivo.
À Thamiris (pelo simbolismo de nossa amizade, que perdurará por séculos, amém)

Essa é para você
Você que aparece no pátio
Que dispara e me pára
Um beijo cor de rosa
E qualquer coisa que se possa sentir
Sinto isso, por isso é meu compromisso
Você que é meu vício,
Uma rima desconcentrada
Inimiga da minha alma que se desconcentra
Que na minha porta entra
Sem pedir licenças...
Essa é para você
Você que ama com afinco
Sou dez anos certeza mais duas vezes cinco
E brinco, e brinco...
Essa é para você
Que me entende e me complica
Que me desconserta
Mas que não empobrece a menina rica
Você que detesta ser carnívora
Você que às vezes me devora
E agora está tudo assim...
Essa é para você
Que me ouve e mais nada houve
Apenas um couve-flor
Você vegetariana, você por amor
Você que me telefona
Me faz dona de versos que jamais ler-se-iam
Passa tempos em meu temperamento difícil
Você, minha sútil alma inútil ao seu ver
E você, no fim de tudo, é sempre você
E por isso amo você.

Supressão

Suprimo tua alma
Porque desconheço a minha
Na vida só se tem traumas
Meu eu no teu
E somos sozinhas...

Suprimo a verdade
Porque desconheço o certo
Na vida pode haver ou não felicidades
Meu eu no teu
Nosso longe bem mais perto...

Suprimo inspirações
Porque apesar dessa vida doida
Nessa vida há corações
Meu eu no teu
Um nada pela vida toda...

Suprimo supressões
Porque omitir é o mesmo que mentir
Nessa vida há muitas emoções
Meu eu no teu
Quero deixar de só fugir...

Suprimo confissões
Uma outra rima qualquer
Nesse mundo de vilões
Meu eu no teu
Nossa alma de mulher...

Suprimo
Supremo
Rimo
Remo...contra a maré
Tremo meu primo mulher
Temo uma vida de supressões.

Rotina II

Hoje pela manhã eu fui vilã de mim mesma
E toda essa vida vã pela minha alma que se queima
Minha alma que sempre foi sã, hoje apenas teima
Não fui à faculdade, não gosto do meu curso
Rasguei meu urso de pelúcia
Beijei minha amiga Lúcia
Fiz um poema e rasguei
Entrei em um ônibus lotado fedido
Assaltei um bandido que tentara me assaltar
Amei o mundo perdido
E o perdido só queria me amar
Minha mãe fez café, pão e manteiga
Cheguei ao trabalho bem cedinho
Eu queria um basta, um chega!
Tomei banho
Perco, ganho
E liguei para uma amiga que mora longe
Emprestei meu livro "O monge e o Executivo"
E nunca mais vivo
E nunca mais morro
Não tenho mais motivos
Peço apenas socorro
Corro, escorro
Sirvo, não mais me esquivo.