domingo, 30 de março de 2008

SEM DOR

Sou poesia
De dia, de noite
Afoite ao mundo
Profundo e raso
Ao acaso e solitário
Contrário e descoberto
Perto e distante
E eu amante e sonhadora
Agora e nunca mais...

Sou pensamento ao vento
Palavras-sentimentos
Mentiras e verdades
Amor e saudades
E sorrisos...

Preciso de versos e rimas
Em cima, em baixo
Na hora dos sonhos
No beijo da namorada.

Sou abraços e desejos
Dor que latejo
E fim que começa...

Não tenho pressa
A vida em mim se delicia
Vazia e cheia
Feia e bela
Azul e amarela
Escrita sem leitura
Loucura e razão
No perdão e no pecado
Ao meu lado, libertando o meu coração
SEM PALAVRAS

Rezo um infinito de palavras
Palavras-sentimentos
Palavras que não ouves
Sentir a alma à flor da pele
E a tua boca que não quero mais o beijo
Língua...
Língua para falar
Língua-paladar
O teu gosto é meu desgosto
E finjo o oposto a mim
É um fim todo esse começo
Não tenho mais os teus abraços
Não passo mais esse tempo que passo
Não passo mais a te esperar
É uma indecisão decisiva
É um "viva-viva" só quando morro
É um socorro sem "Deus nos acuda"
Porque tu só me ajudas a sofrer
E viver nunca mais...
E amar nunca mais...
Hoje sou liberta!
CONJUÇÕES ADVERSATIVAS

Eu, meu tema
Meu coração, o emblema
Às vezes, o problema
Outras, a vida no cinema
E no entanto,
Eu procuro os teus lábios
Quando ando e amando mais ninguém.

Digo um fim, um amém
Perigo de um sim e sem
Perceber, me vejo bem
E nada mais a ver tem
E contudo,
Meu tudo, um nada certamente
E um amor que vem.

Pareço para ti, uma louca
Palavras que não saem da boca
Uma alma que por morte se troca
E todavia,
Nunca mais me via na felicidade
Apenas mais uma alma de maldades.

É tarde a dor que não arde
É cedo todas as tuas verdades
E minhas dissiparidades
Porém,
Tu não entendes esses sentimentos
Esses momentos em que me mostro.

Não demonstro mais monstros
Não mais me encontro
Não finjo mais confrontos
Mas,
Estou em meu ponto final.

O meu mal
Em conjunções, adversamente, principal
Etc e tal
E entretanto,
A minha volta sempre estou
E não sei se tu reparastes
Essa minha parte que parte
Para bem longe, adversamente.

sexta-feira, 21 de março de 2008

A alma se dá conta de mim?
A vida me apronta...um fim!
Tenho um começo pelo avesso
E me acerto e escasso
E passo o tempo inteiro sozinha...

Hoje tentei a vida fazer feliz
Mas ela não me faz
A alma vilã
E amanhã o suicidio, a vida traz.

Alguém tenta me ouvir
A alma está em apuros
De que adianta o porvir
Se dessa doença não me curo?

Quero os sonhos poucos
Meu mundo rouco grita
Mas ninguém me ouve
A alma está aflita
Por que a vida nunca mais amor houve?

Que amores, que sonhos, que felicidade que nada!
Tudo é uma invensão da alma desumana
Vida que se engana e engana e destrói...
Morro e apenas mais nada!!!
Está ausente.
A vida está ausente das verdades inoperantes
E os ignorantes da alma humana e os pudores
De todos os rumores aqui no meu leito
No peito os corruptores perfumados e degradantes.

Hoje, perspicaz e alvoraz
Nos ruídos e silêncios introspectos
Bem distante do mal e perto
De mim, só escondo a paz.

Mas algum dia desses
O erro se desfaz
E a vitória da não realização do amor
Terminantemente, vem-se a dor
E a vida que feliz se traz.

Não é por puro pessimismo
Nem é por que não há individualidade
O mundo já provou que não foi feito por acaso
E acaso um dia a felicidade esteve em minha porta
Mas devagarzinho, bem assim calminho
Acabou-se a vida. Só esta a morte.
Sou feliz
Escondo meu rosto nas palavras severas
E sempre tantas mais primaveras
E eu vivo não mais por um triz.

Corro
E não morro nunca mais
E são tantas diferenças iguais
Desfaço o que nunca fiz.

Eu quis
E não quero mais não ter amor
E quero dizer à dor
Que nunca mais ela se diz.

Pronto
Agora sou do bem
Não finjo mais o mal
A vida em si já me tem
E sou sua peça principal.
Vida romântica, escandalosa
Sou rosa avermelhada de dor
Tenho amor próprio e impróprio
Impessoal em todo meu mal
Fatalismo e perdões
Os corações reprimidos e sem respostas
E quem comigo se importa?
Talvez nem saiba o que não cabe em mim
Nem o fim, nem o recomeço do que não era
Nem nunca foi...
Primaveras sois, e os sóis não existem mais no peito
Acertos e erros e um futuro e um passado
Meu presente sem verdades, só maldades...
A vida me prometeu, matou e morreu meu eu...
Quem me ouve?
Só houve guerras pela paz
E a vida quase pronto me apronta e me traz a dor
Sou amor fraterno...
Eterno, mas meu fim acabou
O errado é minha alma que se assume
Que me resume
E me destrói.

SOU MÁ

Sou má...
Minha alma é negra e sabe de si
Tenho um mundo pequeno que invade minha imensidão
Meu inferno é um céu pleno de certezas
É errado todo pecado que tenho
E amo a verdadeira face mentirosa da vida
Vida suicida, perdida e achada em meu peito...
Mas sou má...
E tentem compreender essa minha alma humana
Que é desumana e não sabe mais de si
Porque disisti de ser boa porque assim o querem
Porque não lêem a alma que tenta transparecer e ser...
Ser acima de tudo alguém feliz
Mas sou má...
Assim é a lei da pobreza de espírito dos especialistas da alma humana
Mas mal sabem de si, da vida que levam
E dos preconceitos que carregam dentro do peito
Sou má e me orgulho disso, talvez...
Mas morra toda essa porcaria de gente indigente que não sente
Que não tem versos nos lábios
Que fingem ser sábios
Nem sentem a música tocar na alma
No peito...
Agora sou só pó
Fui a negretude de mim
E sou má.
Esquece e some de mim,
Ó mundo imundo vasculhado!
Que nem eu sou o bem nem o mal
Que no meio termo do enfermo
Tu és o próprio sujo, cujo eu não entendo
Me devoro...
Alma santa que abre o peito para a verdade
Mas que verdade?!
És a limpeza dessas palavras que não ouves,
Não sentes o peito em apuros
És sadio e vive na própria doença de ser o que és...
Pelo viés da fraternidade, és egoísta...
Me pinto para os homens sujos...
Homens cujos sentimentos me repugnam
E esse mundo me exala...
Falas o que sentes...deixa disso menina complexa!
Eu me pergunto, não me entendo...
Vou ao analista que analisa a própria conta bancária...
Contrária, eu?
Preciso de um cigarro, uma bebida e ser menos alma que posso...

quinta-feira, 20 de março de 2008

Demoro,
Sou rapidez sem perfeição
Ninguém ouve ou entende o grito de socorro...
Morro,
É certo meu errado que tentas esconder
Nem se vitimando pela vida escondida
Pelo eterno sofrer...
Vagarosamente essa minha eternidade
Que enfim acabara...comigo!
O perigo já não há mais em mim
Nem nesse mundo mesquinho que um dia eu venerei...
Sou futuro acordado
Estranha, amiga cruel
E o céu pelo inferno...
É eterno esse meu fim.

domingo, 16 de março de 2008

Errado...
Tenho certeza do errado
O futuro esquecido no presente
E se sente, nuca mais sente
E do lado, estou de outro lado...

Caio no principício
Me levanto em outros amanhãs
E na minha filosofia vã
Me encho de vazios.

Escrevo palavras que devoram minha alma
Me consomem quase por inteira
E a vida de mim foge em minhas palmas
E sou uma mentira verdadeira.

Não...
Não digam nada de mim
Minha alma não mais se esconde
E se digo sempre sim
Eu estarei aonde?

Palavras nunca lidas
Nunca interpretadas
Transformadas em vida
Sou amada e odiada.
Eu hoje fui o amanhã
Fugi para os devaneios das vidas que tenho
Venho a cada instante ter vários momentos
E no momento, meus momentos sumiram.

Eu hoje fui todos os poetas,
Os loucos sensatos
E a pureza das crianças...

Mas cada um sabe do que sabe,
Não se vê mais os amores
Nem se cabe mais as dúvidas...

Minhas verdades são mentirosas
As rosas não são rosas
Às vezes são azuis,
Outras, amarelas...

Não reclamo mais de ti,
Ó vida que não sabe de minha alma
Não se tem traumas
Não se tem amores
E todas as cores nunca foram pintadas...

Eu hoje morri...
Ressucitei nas palavras
E nessa vida que não mais tenho
São apenas desenhos
E não se finge mais almas.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Agora te falo em sonhos
Em pesadelos da minha vida passada
Tu talvez não entendas toda essa dor
Nem essa alegria, porque tens outra cor
E sabes da namorada...
Não finges o beijo que não beijou
Nem a força de amar,
Porque amar é fraqueza e a alma se entrega...
Estou perto de mim mesma
As palavras que agora ouves, talvez nem sejas dignas
Indgnação...
Revolução...
Paixão e ódio e terror
Porque o amor é a dor de uma flor...
Minha vida, minha luz e escuridão
E finges não me ver
Sou anti tudo que desejas
E pobreza desse amor...
Não sabes que amo
Que me chamo de toda dor
Porque dói e me clamo
E mundo pecador...
Mas Deus reconhece tudo
O inferno e o meu céu
Mundo cruel
Agora sou libertação
E talvez nem sejas digna da minha história.
Eu parto sem dor
E nos abraços teus
O último adeus
De uma vida sem amor.
É maravilhoso o que eu sinto
E a verdade que tentas esconder
Mas essa é a vida que minto
Qual o sentido de se viver?
O fato que tento me obrigar
De não me ouvir, nem me entender
Eu nunca mais posso amar
Porque todo amor é sofrer
E tua voz em meu ouvido a sussurar
E sem motivos te querer
Se me veres a soluçar
E minhas rimas repreender...
Ah, mas tu talvez me compreenderias
Tens alma limpa apesar desse mundo imundo
Sabes da poesia
E me enxergas a fundo
Mas tu tens outro bem
E eu tento acabar com o meu mal
E se tu me tens
Vida, tu és meu ponto final.

terça-feira, 4 de março de 2008

Sonho
Em definitivamente parar de sonhar
Me componho de versos loucos e sem cor
Porque quero o amor e não amo
Porque não aceito no meu leito
A tua vontade de não me querer
Não quero...
Te amo e sou contraditória
Não tenho histórias para contar
Porque os sonhos são apenas desvaneios da alma.
A minha alma não sabe de si
E se tu tiveres pelo menos um pouco de compaixão
Ler-se-ia estes versos sem razão,
Daria-me mais loucura
Para que eu possa viver sem sofrimentos.

domingo, 2 de março de 2008

Eu desacredito no amor
Ele não me serve
A vida está em greve
E a loucura me dá razão
Dói tanto ser feliz
E tu não mais me enxergas
Sozinha estou (não por que eu quis)
Mas porque a alma se entrega
E sou tão boba...
Te tenho ao meu lado a noite toda
Mas não houve beijos...
Só desejos...
Passo o domingo inteiro perto de ti
E ao mesmo tempo tão distante
Vida desamante, eu te confesso
Eu te peço, te suplico
Mas não quero mais acreditar no amor
Só há dor...
Desde quando eu me descobri
E não fugi mais
Em tempos não há mais tempo para discutir
E sentimentos iguais
É amor que eu sinto (retraído)
E caído ao chão está meu mundo
E teus beijos retraídos
Fez na alma um corte profundo
Não se pensa na dor que causa
E faz em mim uma pausa
E me continua...
E tu estás nua
É tempo de outras luas,
Outros passos
Mas eu nunca consegui esquecer o que eu sinto por ti
Um mundo descompasso
Sem os teus abraços
E apenas tua amizade eu não quero...