terça-feira, 23 de dezembro de 2008

O sexo arrancado de tanta dor
E as unhas queimadas
E os cabelos amarrados numa barra de ferro
E enterrado o corpo vivo e nu
E furados os olhos para não ver tão cruel realidade
Realidade irreal mesmo sendo surreal
E esquarteja e beija e devora
E desenterra o corpo e se apavora
E finge o bem querendo o mal...
E junto aos bichos numa lata de lixo
O corpo devota de amor e anjos
E céus e demônios felizes
O sangue para saciar a sede
E a vingança!
O fogo que queima e arde a alma
Como larvas de vulcão
E lava-se a alma com pecado e perdão...
E um cigarro aceso
E o sentimento de culpa preso
E liberto e asfixiado e tomado.
Eletrifica o corpo para sentir a energia da vida
E da morte
E a sorte e o azar de sofrer
E amar e chorar e querer.

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