terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Cada metade de mim
Precisa de mim
Sou de mim estranha
Sou dos outros distante
Sem poesia
Sociedade poética
Sem leis
Sem atrativo
Vivo pelo motivo
Sirvo aos senhores com hipocrisia
Sou o dia de noite
Me atrevo a ser um ser poético
Rimo liberdade com escravidão
Recebo as verdades que se dão
Numa mentira qualquer
Numa alma de mulher
Crio meus espaços opacos
Nas palavras nunca ditas
A beleza de amar não acredita na vida
Assisto ao terror do amor
E assisto os inocentes da dor
Não falo mais em mortes porque não há mais cortes
Tão profundos como antes
Farei da vida perversa minha amante
Farei da podridão o perfume das flores mais belas
Farei do preto cores vivas
E eu estarei comigo.

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