terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Te beijo na noite amanhecida
Mas a noite não amanhece
Vago nos vagões da solidão
Mas a solidão está acompanhada
E os beijos se perdem
E me pedem socorro
Mas os beijos eloqüentes
De tão eloqüentes não são beijados
Minha língua está cortada pela fala
O amor é coloquial
É o comum e preconceito
Como se abre o meu peito
Misturo amor e capitalismo
Meu futuro está no passado
E o presente esqueceu de ser dado
A vida é um dado não jogado
Ainda espero, porque é a última coisa que se morre.

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