sexta-feira, 11 de julho de 2008

Eu vou em versos tentar fazer
Uma compreensão do que é viver
Fazendo uma contextualização de mim
E o porquê de um possível fim.

Eu sempre amei nessa vida
Sempre quis do bem ser
Mas me fizeram grandes feridas
Aos poucos, fizeram-me morrer.

Os sonhos se perdem nos pesadelos
O mundo maravilhoso é imundo
Um dia pensei em tê-lo
Mas aconteceu um corte profundo.

É que a realidade é difícil demais
E nesse jogo, a subjetividade não tem vez
Poucos têm sempre mais
E para muitos só sobra o talvez.

Sempre ouvi dizer que só a luta muda a vida
Mas essa luta tem que ser armada
Porque senão for dessa forma devida
A luta não mudará nada.

É que os mais fortes sempre vencem
Essa é uma lei cruel
Todos do poder se entendem
O resto sempre é o réu.

A fraqueza fortalece a hipocrisia
Que disso que falo não quer saber
Nem sequer gosta de poesia
Não deixa a sentimentalidade viver.

Por isso, é muito complicado para mim
Tentar conviver com essas pessoas
Não se suporta, porque incomoda sim
Dizem que não sou boa.

Mas não sou boa, por quê? Para quem?
Não deixam a humildade ser feliz
Ninguém se importa com ninguém
Viver humanamente é o que sempre quis.

Essa vai particularmente para uma amiga minha
Que, talvez, também não compreenda
Agora sou sozinha
Preciso que nossa amizade reacenda.

Eu só queria que você me entendesse, Vanderléia
Que o que fiz foi só te amar
Mas a verdade é muito séria
Não deixa a vida lograr.

A decepção é muito grande
O tombo é muito maior
Uma escuridão sobre mim se expande
A cada dia que passa, fico mais só.

Eu quero um amor
Para me dar carinho eternamente
E destrua qualquer dor
Faça-me sentir gente.

Os homens não compreendem isso
Não me vêem como mulher
Talvez eu seja um lixo
Por isso ninguém me quer.

Eu quero ir embora
Não dá mais certo viver assim
Cansei de ser uma menina que sempre chora
Já é hora do meu fim.

Não quero mais a loucura
Também não aceito a razão,
Porque a razão é uma doença sem cura
E ser sensata só traz desilusão.

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