sexta-feira, 11 de julho de 2008

Poesia Secreta

Sentimentos não sentidos, sem sentidos.
Vagarosamente no barulho
Não se tem mais o que nunca tido, e sempre assim,
De outro jeito,
De qualquer jeito que for
Por falta de amor
E sombra que assombra a alma
No peito um aperto que desaperta meu mundo coberto
Abro-me aos horizontes de um monte de mentiras de mim
No espelho da vida que da morte quer ser amante
E que não ama essa alma tediante
E que incessante a mim, tudo cessa.
Desconversa meu eu em tudo, inclusive a mim,
Que sufoca aos poucos pela vontade de não ter vontades
Porque tudo que vem a compreender esse momento
Não possui momentos nesse instante de melancolia
De poesia não lida, nem compreendida
Nem sequer uma mulher de um homem sem nome
Da fome, serei o remédio.
Que não adianta, só há tédios.
Meu corpo magérrimo não se encontra em desejos
Meus beijos nunca são beijados com fogo que arde a alma masculina
Minhas poesias não conversam a profundidade do amor
É carnal todo esse sentimento
É desinteressante toda essa dor,
Porque na realidade, o real nunca foi causado pela ilusão.
E é ilusório de que toda a vida não passa de uma utopia.
A vida é um homem que toma uma mulher como que um animal faminto devora uma lata de lixo.
Eis minha poesia secreta.

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