quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Sem maldades

Agora é cedo...
E sou tarde demais.

Agora eu amo
Promíscuidade da alma.

Quero o bem-me-quer
Que não me quer...

Agora o meu corpo de graças
Já não tem mais graça
A alma fugiu.

O sexo verbal não poético
O complexo mundo antiético
Remédios epiléticos...

O sexo oral sem horas
Altas horas...e nós!

E a vida se passando lá fora...
E agora é tarde demais para nos reencontrar...

Chove. Sou pecado
Abro meu coração e minha pernas...trêmulas
Como as mãos palpeando seus seios
Sem anseios. Sem receios.

Imagina-se a vida nua
Na amargura, na rua
Minha alma que é sua
Minha outra metade da lua.

É só imaginação. Animação...
Paixão. E nós a rolarmos no chão.

Chão que um dia deixarei de pisar
Construirei nossa floresta
Nossa selva (para nos debruçar).

Ser dor sem latejo
Ter seu corpo inteiro num beijo
Premícias de mais desejos...

Lá fora lampeja
E nossa peleja...

Ainda bem que o amor é fase.
E nós fazemos amor
Sempre que a dor nos ameaça...
Assim, fugimos das maldades da vida.

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